quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Sinto saudade.


É incrível como uma simples coisa pode fazer tanta falta. Escrever é uma que atualmente me machuca o coração, me atormenta e tira meu sono (sem nenhum exagero). A minha 'vida corrida', entre colégio, trabalhos, seminários e qualquer outro tipo de coisa está me privando desse momento que eu, Danielle, considero mágico.
Até meu diário (sim, tenho um diário), foi abandonado. Não porque quis, mas fui forçada a isso.
No início, até achei interessante a minha falta de interesse por não desabafar mais aqui, mas com o passar dos dias (com o passar do mês, pra ser exata), percebi que escrever é uma necessídade quase ou mais intensa do que comer, ou beber, ou amar... Talvez porque eu ame a escrita tanto quanto a vida, tanto quanto os meus amores, que são poucos, mais que são muito amados.
Hoje, quando abri meu diário e vi que desde de julho eu não escrevo, senti um vazio imenso, como se os meses que não pude escrever nunca tivessem existido. Mas pensando bem, não perdi muita coisa, não aconteceu nada de tão especial assim, nem nada que faça eu perder meu tempo lembrando. Algumas lembraças, nasceram pra ser esquecidas, e eu, estou disposta a esquecer algumas.

terça-feira, 1 de setembro de 2009



'Você está perguntando se é pra me enviar os meus livros? Meu caro, pelo amor de Deus, mantenha-os longe de minha vista! Não quero mais que o meu coração seja guiado, encorajado ou estimulado por eles, ele sozinho já se inflama o bastante. Precisava de um canto que me embalasse e encontrei-o em toda a sua plenitude no meu Homero. Quantas vezes consigo a tranquilidade para o meu sangue excitado, pois não há nada mais volúvel e incostante do que meu coração! Meu caro preciso dizer isso a você, que tantas vezes sofreu vendo-me passar da aflição ao desvario, da doce melancolia à paixão desenfreada? Também trato o meu coraçãozinho como uma criança doente, permitindo-lhe todas as vontades. Não diga isso a ninguém; muitas pessoas poderiam me levar a mal.'
- Goethe

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Só na minha imaginação.


Como a gente se livra de uma paixão? Não, pera ae. A frase foi mal estruturada. Como nos libertamos de uma obcessão? Ah, bem melhor assim.
Minha mente está cheia de perguntas sem respostas e eu realmente gostaria de saber. Porque se apaixonar? No final, vai acabar, você vai se machucar, talvez machuque outra pessoa... tudo isso a troco de nada. Nada que realmente importe pra mim agora. E se eu magoe alguém nesses meses todos? Como eu vou conviver com isso? Ah.. essa eu mesma sei responder. Do mesmo jeito de sempre. Sempre nos apaixonamos, e quando essa paixão acaba e você destroi corações, você depois de alguns dias de lamentação simplismente esquece. Será que é justo magoar as pessoas? Ou, fazer o que eu fiz, imperdir algumas pessoas de realmente serem felizes por causa de um capricho meu? Espera, será que realmente foi um capricho?
É incrível que quando surge uma nova pessoa, uma nova oportunidade de buscar a verdadeira felicidade, surgem as perguntas. Como disse pra minha amiga, no futuro vamos rir disso, e no futuro eu não estarei com você. Pra dizer a verdade eu nunca estive, só na minha cabeça idiota. E cara, na boa, eu consigo coisa melhor que você.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Hei Stephen.


Enquanto espero minha adorava avó sair do banheiro, penso nas muitas vezes que perdi oportunidades com medo de perder. Foram perdas doloridas e que as vezes machucam um pouco.
Ele, como qualquer outro, pode ser 'chamado' apenas de 'desejo súbito de uma jovem garota cheia de hormônios'. Mas, se ele fosse apenas isso, esse desejo não duraria tanto tempo. Um dia, terei ele... nem que for só por um dia.
Só Taylor Swift me entende mesmo, 'porque não é qualquer garota que escreve uma música pra você, hei Stephen?'

Taylor Swift é o cara.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Apenas uma questão de prefixo

Ela estava só, mas não infeliz. E ela sabia exatamente que solidão não era infelicidade, só dependia de como as pessoas tratavam a solidão. E ela, a tratava muito bem, digamos de passagem. Há alguns anos, ela leu uma frase de Guimarães Rosa que dizia ‘infelicidade é apenas uma questão de prefixo’, depois disso, ela nunca mais esqueceu o que era prefixo, muito menos que o prefixo ‘in’ significa ‘não’, e que ‘não’ era um termo que ela não gostava de muito utilizar.
Existem palavras que ela não gostava de pronunciar, muito menos de escrever, porque era na escrita que ela se encontrava verdadeiramente. E um dos últimos pedidos dela, é que eu não perdesse o meu tempo escrevendo essas palavras. Uma vez, quando estávamos sentadas na varanda da minha casa ela me disse ‘existem palavras que não deveriam existir’, e hoje, como estou sem ela, concordo com o que ela disse.
Ás vezes, sinto que ela está bem próxima de mim ainda. Quando essas palavras chegam até... como vocês dizem mesmo? Ah é ‘na ponta da língua’. Então quando essas palavras chegam ‘na ponta da língua’, ela me vem na memória, e todas as suas frases sobre não falar palavras ‘feias’ passam como um flashback. Ai eu desisto de falar aquela palavra e procuro algum sinônimo menos trágico, no meu pouco conhecimento lingüístico.
É um pouco estranho falar dela assim, em terceira pessoa, às vezes eu me sinto tão ela. Como se eu a tivesse matado, e por isso esteja eternamente ligada a ela. Não sei se éramos alma gêmea, pra dizer a verdade, só acreditava nisso quando ela estava perto, mas ela nunca mais vai estar. Então não vejo nenhum problema em deixar de acreditar em algumas coisas que só ela me fazia acreditar, talvez assim seja fácil esquecê-la.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Apenas um poema...

"Como dizia o poeta
Quem já passou por essa vida e não viveu
Pode ser mais, mas sabe menos do que eu
Porque a vida só se dá pra quem se deu
Pra quem amou, pra quem chorou, pra quem sofreu
Ah, quem nunca curtiu uma paixão nunca vai ter nada, não
Não há mal pior do que a descrença
Mesmo o amor que não compensa é melhor que a solidão
Abre os teus braços, meu irmão, deixa cair
Pra que somar se a gente pode dividir
Eu francamente já não quero nem saber
De quem não vai porque tem medo de sofrer
Ai de quem não rasga o coração, esse não vai ter perdão
Quem nunca curtiu uma paixão, nunca vai ter nada, não"

Vinícius de Moraes

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Clichê ou não, Harry Potter fui ver você.

Sei que é um pouco clichê, mas tenho que relatar uma experiência minha. Fui ao cinema com o namorado da minha amiga (sim, sem ela...) ver “Harry Potter e o Enigma do Príncipe” e tenho que ressaltar que a cada filme, os diretores realmente se superam. Não digo isso como uma ‘poser’ de HP que nunca leu os livros, eu já os li e acho a história absurdamente perfeita e encantadora.
Tirando algumas partes que eu como leitora acho importante (e os roteiristas não colocaram no filme), achei realmente bom o filme e sinceramente estou pensando seriamente em ir ao cinema ver novamente o filme. Além da ação de sempre, há alguns sustos que ficaram bem mais reais no filme e cenas bem engraçadas que eu ri bastante.
E então usando esse assunto como tema, venho até vocês para perguntar o que acham de livros que viram filmes. Temos vários exemplos bem conhecidos atualmente: Senhor dos Anéis, série Crepúsculo, O curioso caso de Benjamin Button. Tirando Crepúsculo (que em minha opinião foi um fracasso), os outros se saíram muito bem e foram muito bem aceitos pelo público (leitor ou não). Deve ser completamente complicado retirar do livro uma história e fazê-la filme, ainda mais, tenho como alvo adolescentes cheios de exigências.
Por isso encerro este post com as seguintes perguntas: O que vocês acham de livros que viram filmes? Qual é mais completo (o livro ou o filme)? E por fim, qual lhe proporciona mais emoção?

sábado, 25 de julho de 2009

E como fica a escova de cabelo?


Férias.
A salvação pra uns, e a destruição de uma vida social (constituída com muito esforço). No meu caso em particular, é sem sombra de dúvidas a destruição.
Há dias não saio de casa e última vez que eu penteei o cabelo é apenas uma vaga lembrança em minha mente, e até pode parecer falta de higiene, mas não é se resume em falta de lugares para ir. Para quem eu ficarei bonita e apresentável? Nem meus animais de estimação querem ‘papo’ comigo.
E como fica a escova de cabelo? Objeto inútil pra mim, nessa época, em que torço por uma liquidação (de escovas de cabelo) para eu poder ter um motivo, uma razão pra poder pentear meu cabelo. Pra dizer a verdade, nem sei onde está minha escova, sinto falta de usar ela. Mas e as mulheres da época das cavernas, não usavam e ninguém falava nada. Devia até ser melhor para ‘puxá-las pelos cabelos’.
Acredite na falta do que fazer, eu arrumo a casa com tanta vontade que não me cabe no peito é incrível e inacreditável. Já tive a oportunidade de zerar dois jogos da Deluxe em dois dias (um em cada, e eu consegui a maior pontuação nos mesmos). E isso sinceramente não está incluindo nada de útil no meu cérebro, o que eu só faço é perder tempo com coisas inúteis para mim. E isso não é bom.
Se ao menos eu tivesse dinheiro, poderia comprar um livro novo (sair pra comprar um livro, ou sair pra comprar qualquer coisa), sair com os amigos, ir ao teatro, ao cinema... (tudo isso me motivaria a pentear o cabelo), mas sem dinheiro não há nada a se fazer. A não ser zerar jogos, arrumar a casa, manter o meu vício virtual e não pentear o cabelo. Férias inúteis, chatas e com certeza medíocre. Enquanto uns torcem para que as mesmas durem muito, eu faço o contrário, torço para que as mesmas acabem logo... Não sei até quando o meu cabelo irá agüentar.

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Os sofrimentos do jovem Werther.


“Infeliz! Não és um tolo? Não te enganas a ti mesmo? Porque te entregas a esta paixão desenfreada, interminável? Todas as minhas preces dirigem-se a ela; na minha imaginação não há outra figura senão a dela, e tudo que me cerca somente têm sentido quando relacionado a ela. E isso me proporciona algumas horas de felicidade – até o momento em que novamente preciso separar-me dela! Ah, Wilhelm!, quantas coisas o meu coração desejaria fazer! Depois de estar junto dela duas ou três horas, deliciando-me com sua presença, suas maneiras, a expressão celestial de suas palavras, e todos os meus sentidos pouco a pouco se tornaram tensos, de repente uma sombra turva meus olhos, mal consigo ouvir, sinto-me sufocado, como se estivesse sendo estrangulado por um assassino, meu coração bate estouvadamente, procurando acalmar os meus sentidos atormentados, mas conseguindo apenas aumentar a perturbação – Wilhelm, muitas vezes nem sei se ainda estou nesse mundo! E em outros momentos - quando a tristeza não me subjulga e Carlota me concede o pequeno conforto de dar livre curso as minhas mágoas, derramando lágrimas abundantes sobre suas mãos – tenho necessidade de afastar-me, de ir para longe, e então me ponho a errar pelos campos. Nessas horas, sinto prazer em escalar uma montanha íngreme, em abrir caminho num bosque cerrado, passando por arbustros que me ferem, por espinhos que me dilaceram a pele! Sinto-me um pouco melhor então. Um pouco! E quando então, cansado e sedento, às vezes fico prostrado no caminho, no meio da noite, a lua cheia brilhando sobre minha cabeça, quando na solidão do bosque busco repouso no tronco retorcido de uma árvore, para aliviar meus pés doloridos, e então adormeço, na meia-luz, mergulhando num sono inquieto – Ah, Wilhelm!, nessas horas de solidão de uma cela, o cilício e o cíngulo de espinhos seriam um bálsamo para minha alma sequiosa! Adeus! Somente o túmulo poderá libertar-me desses tormentos.”

(J. W. Goethe, Os sofrimentos do jovem Werther, p. 69-70)

domingo, 19 de julho de 2009


Infelizmente estou doente, e com isso, todos os meus programas de final de semana deixaram de existir, assim como o Papai Noel quando não me deu a boneca que tanto queria num Natal qualquer desses ai. Sinceramente ainda não tenho certeza do que foi mais decepcionante, se foi o pobre pseudo Papai Noel ou se foi os meus planos de fim de semana. Mas como sempre fui uma boa menina (ou não), fui recompensada.
De uma forma inesperada, mas linda. É incrível como as coisas são bem mais gostosas e apaixonantes quando você não espera, quando elas acontecem naturalmente. É claro que eu não posso falar abertamente o que é afinal não posso expor ninguém (muito menos a mim) e acabar com essa magia toda.
Só posso ressaltar agora que me sinto segura e feliz. E essa felicidade ultrapassa qualquer coisa que possa ser usada para destruir esse sentimento de excitação que defino como maravilhoso. Sinto que o momento (que vai ser um dos mais importantes da minha vida) se aproxima, e a cada dia eu me preparo para que essa nova fase seja perfeita para todos os lados. E é só essa certeza que me deixa radiante de felicidade, e apenas ela que salvou meu final de semana febril!

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Esse fim de semana foi repleto de surpresas e de momentos nostálgicos. Nunca imaginei que seria acolhida por pessoas tão gentis e generosas.
Em menos de 72 horas, já sinto que criei um vínculo com elas, de coleguismo e de afeto. E outras, perderam uma grande parte do meu carinho em menos de 20 minutos.
As lágrimas que cismaram de cair na sexta se apagaram da minha memória e me tiraram o remorso que eu guardava no peito. A madrugada de sábado pra domingo, foi reconfortante, e ao mesmo tempo angustiante. O sentimento de que talvez eu esteja magoando essa nova pessoa (que descobri completa admiração), com sentimentos que não posso evitar, me fez ficar um pouco chateada comigo mesma... com o que sinto. É estranho pensar em uma estranha e se importar com o que ela guarda no peito. Estou feliz, mas como será que ela está? Será que o que me disseram é verdade? E se for, o que pesaria mais?
Não sei se é porque estamos unidas pela mesma causa, ou talvez porque realmente temos gostos em comum (e isso engloba muitos gostos), sinceramente não sei, mas como já disse, descobri nela algo encantador, que eu não sei nem explicar... mas faz com que eu queira o seu bem, e a possibilidade de eu deixar o meu ‘bem’ de lado, aumenta. Acho que temos uma atração magnética... sinto que ela tem as mesmas dúvidas.
Posso até estar me enganando, mas enquanto eu não descubro, vou desvendando-a e tirando minhas próprias conclusões.

quinta-feira, 9 de julho de 2009

No ônibus...

Pense num ônibus... Várias pessoas, vários objetivos (às vezes, nenhum), idéias diferentes, vários conceitos de certo e de errado, vários problemas, várias dúvidas... Várias ‘várias’ coisas...

E você está ali, ouvindo um vendedor de balas gritando “três por um real”, a pessoa do seu lado dormindo e caindo pra cima de você, os idosos reclamando da maldita dor nas costas, uma criança chorado desesperadamente porque queriam bala, e no fim do ônibus um jovem ouvindo música no celular que sinceramente, são inaudíveis na minha concepção. Quando você pensa que o nível de barulho que aquele pequeno lugar pode abrigar já superou tudo o que podia, entra uma senhora de vestido longo e começa a gritar: “Aceite Jesus, ele está voltando”.

E você ali, sozinha... Ouvindo aquela confusão de sons, que fazem com que você espere ansiosamente a hora de saltar. E nisso, você se questiona, como uma pessoa consegue agüentar aquilo, pensa no motorista e sente uma enorme compaixão por ele. Quando me levanto preste a gritar, vejo meu ponto, puxo a cordinha e me livro de todo aquele caos.