sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Livros.


Tenho medo de casas sem livros. As pessoas que não tem livros em casa, tem a mente muito fechada. Não são tão versáteis quanto as que tem uma estante só pra eles. Livros são ótimos para decoração interior e exterior, além de dar ao dono da casa um especto mais intelectual. Sei lá, quando entro em uma casa qualquer e me deparo com uma estante de livros, fico mais aliviada, uma paz de espírito desce sobre mim. Os livros falam sobre como as pessoas são de verdade.
Como os livros falam sobre nós, talvez eu não precise ser eu hoje, posso ser quem eu quiser. Quando abro um livro, sempre procuro ser alguém diferente, homem ou mulher, criança ou velho, tanto faz. Só busco ser o que não sou, e pensar o que não pensaria, buscar sentir o que ele (o personagem) sente e trazê-lo para minha vida.
Eu tenho o hábito da leitura, e fico muito satisfeita com isso. Todos os livros que leio e gosto, os guardo, ou os compro se não os tiver. Ao contrário dos que eu não gosto, que acabo de lê-los e os vendo ou dou para alguém. Acho um disperdício absurdo ter livros para fazer volume, guardo apenas os que me deixam louca de paixão. Afinal, os livros também se sentem amados, ou rejeitados.
Os livros foram feitos para entreter, fazer rir e chorar, sentir raiva, esperança. Gosto dos meus livros, gosto de quem gosta de livros e que faz da leitura um hábito tão intenso e importante quanto comer, tomar banho, viver...
Há dias que nem sei quem sou. Sou tantas pessoas dentro de mim mesma que chego até a me confundir. Poderia citar que Daniel Sempére (personagem principal de a Sombra do Vento - Carlos Ruiz Záfon) me ensinou a não desistir, Mackeinze Allan Phillips (personagem principal de A Cabana - Willian P. Young) me ensinou a acreditar em Deus, Dom Quixote (personagem principal de Dom Quixote - Cervantes) me ensinou a sonhar, Sophie (personagem secundária de Código da Vinci - Dan Brown) me ensinou a perdoar... nossa são tantos que passaria horas aqui pra fazer um levantamento completo. No próximo post eu faço uma lista de todos os personagens marcantes pra mim, colocando nome do livro, editora e edição.

Bjus =*

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Abalo Sísmico



Já que o nome do blog é esse, não tenho porque fugir do tema. Não queria fazer como toda a humanidade que apenas finge ter pena dos haitianos. Se eu pudesse fazer alguma coisa, se eu pudesse estar lá pra ajudar... estaria tão feliz. Largaria tudo o que tenho aqui pra ficar 20 dias, junto com os 50 bombeiros brasileiros que chegaram no Haiti ontem. Daria muitas coisas pra estar lá, ajudando, e não aqui me lamentando e esperando por tempos melhores.
Quando troco de canal, procurando algo que não se refira ao abalo sísmico, nada encontro. Tudo me leva aquele lugar.
É incrível como só se ajuda de fato quando acontecesse alguma coisa assim, triste desse jeito. Quando eu vi o Obama doando 100 milhões de dólares para o Haiti, eu ri. É sério, eu ri. Achei super engraçado o modo como cada país quer ajudar mais financeiramente do que o outro, enquanto meu país cede apenas 10 milhões e manda o que ele tem de mais precioso do que o dinheiro. Os seus heróis, os nosso heróis.
Acho que a coragem que o meu país tem, em mandar heróis e não papéis acolhe mais o povo haitiano. Afinal, um povo que sobrevive com menos de 1 dólar por dia, tem sua população quase toda analfabeta e perdeu mais de 100 mil habitantes... não quer saber de dinheiro, quer saber de afeto, de amor ao próximo e principalmente de solidariedade.
Aqui, do meu jeito. Eu mando energias positivas pra eles. E rezo para que bons tempos venham.

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Sobre o tempo que não volta mais.


Paro pra pensar e vejo quanto tempo eu perdi fazendo coisas que não eram boas pra mim. Perdi tempo amando demais, chorando demais, sofrendo demais... perdi muito tempo com pessoas pobres (de espírito) demais, chatas demais e mesquinhas o suficiente ao ponto de encontrar prazer na desgraça dos outros.
Não que eu seja a melhor pessoa do mundo, mas ainda tenho princípios, poucos mais ainda os tenho. E é engraçado (e triste) ver como o mundo anda hoje em dia. Não há mais cavalheirismo, nem cordialidade, muito menos compaixão com o próximo. Não há mais amizade. Atualmente conto nos dedos de uma mão quem eu quero perto de mim, e quem de fato me quer por perto. E o que me deixa mais frustrada é que enquanto eu perco o meu tempo tentando ser gentil e educada, me dedicando de verdade as pessoas, no fim das contas não ganho nada, apenas perco.

Sabe porque eu gosto de crianças? Porque elas não precisam fingir ser ou gostar de algo, elas são apenas elas o tempo todo, e não fazem questão de que gostem dela ou não. Elas deixam fluir, não forçam nada. Gostaria de voltar a ser criança, pelo menos assim não teria falsos amigos perto de mim. Queria voltar a ter amigos que gostam do que eu tenho para dar ao mundo, e não o que tenho a dar a eles. Gostaria de voltar no tempo... é uma pena ele não volta mais.