sábado, 9 de outubro de 2010

Direitos Humanos ou Desumanos?

Esse texto, eu ecrevi para uma retórica que fiz com alguns colegas, para um debate. Sei que foge um pouco da temática do meu blog, mas achei interessante repartir esse texto com vocês.

“A essência dos Direitos Humanos é o direito a ter direitos"
Hannah Arendt


Durante décadas, convivemos com a idéia ilusória de que os direitos humanos são de fato seguidos pela sociedade. O que mais nos surpreendeu é que nós como população não conhecemos o que tanto defendemos. Escondemo-nos atrás de direitos e deveres que só ouvimos falar, mas não nos aprofundamos por falta de interesse.
Observamos ao longo da nossa pesquisa que a afirmação feita acima é deveras real, e ficamos entristecidos ao ver que nossos amigos/colegas lutam por algo que não conhecem, mas se precisarem buscar “os seus direitos” correrão logo pra eles e tentarão em vão fazer com que todas as suas cláusulas sejam cumpridas.
Nós como grupo vimos que chega a ser absurda algumas dessas cláusulas, não porque seguem uma visão que dificilmente será cumprida pela população, mas porque ela chega a ser hipócrita em algumas partes, ainda mais quando a ONU (Organização das Nações Unidas), afirma que faz o possível para que o cumprimento desses artigos seja executado. Não temos como objetivo, colocar os nossos colegas contra órgãos que “fazem esses deveres serem cumpridos”, mas não podemos partilhar desta mesma hipocrisia e acreditar fielmente no que é mostrado para nós nos meios de comunicação. Há sim uma busca para que haja uma melhoria na qualidade de vida, porém esta busca é mínima comparada ao que poderia ser feito. Nós não podemos também apenas ir contra, o Governo Brasileiro tem investido em projetos que visam à qualidade de vida da população, mas será que esta é a melhor solução?
O candidato a Presidência da República Plínio de Arruda Sampaio, disse em um debate que ocorreu neste último domingo dia 12 de setembro de 2010, que ao entrevistar eleitores, uma senhora chorou ao relatar o quanto se sentia envergonhada por ter que receber auxílio do governo para poder sobreviver. E nós como grupo, observamos que talvez “bancar” a população com auxílios não seja a melhor solução para o problema de desigualdade no país. É claro que com esses auxílios, o índice de mortalidade no Brasil caiu, mas os direitos humanos dizem no artigo XXV que “toda pessoa tem direito a um padrão de vida capaz de assegurar a si e a sua família saúde e bem estar, inclusive alimentação, vestuário, habitação, cuidados médicos e os serviços sociais indispensáveis, e direito à segurança em caso de desemprego, doença, invalidez, viuvez, velhice ou outros casos de perda dos meios de subsistência fora de seu controle”, e se uma família precisa de auxílio para poder cumprir essas mínimas coisas, onde ficam os direitos humanos?
Os Direitos Humanos asseguram-nos que caso haja impossibilidades de trabalho, invalidez e etc. o governo auxiliará está pessoa até que ela possa cumprir seus deveres ou até o fim de sua vida, mas o que acontece é uma acomodação da população, que é beneficiada com o auxílio e fica dependente dele por longo prazo, impedindo assim que pessoas que de fato precisem deste auxílio sejam beneficiadas. E com esta afirmação nós vamos novamente contra aos direitos que tanto zelamos. No Artigo I diz “todas as pessoas nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotadas de razão e consciência e devem agir em relação umas às outras com espírito de fraternidade“, mas onde está esta tal fraternidade que é exposta no texto?
Como conclusão, dizemos que para que haja de fato a execução dos direitos humanos, devemos antes de qualquer coisa, ser humanos. Devemos pensar que talvez o nosso problema não seja maior do que o do outro, e começar a praticar esta chamada “fraternidade” que é tão falada, mas tão explorada por nós.

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