domingo, 8 de agosto de 2010

Sorrir.


Ele estava sentado, a poucos metros de mim, não sabia o que fazer, ele era simplismente perfeito, exatamente como eu lembrava. O contorno de seu rosto, mostrava uma expressão séria, como se estivesse triste, seus olhos estavam distantes como se estivesse pensando em algo que não deveria. Como se estivesse pensando em alguém que não merecesse seus pensamentos, muitas vezes percebi essa expressão no rosto dele. Quando ele sorria, o seu rosto iluminava-se de uma maneira tão absurda, que quem estivesse ao seu lado era contagiado por sua felicidade, e sorria também.
Eu não conseguia parar de olhar pra ele, eu estava me sentindo como uma criança, que sabe que está fazendo a coisa errada, que sabe que pode se machucar, mas que não consegue deixar de fazer. Eu não conseguia parar de olhar pra ele, estava hipnotizada, como a muito tempo não me permitia ficar. Eu era apaixonada por ele, e buscava o seu olhar como se buscasse o mais valioso tesouro do mundo, não havia nada de errado nisso, eu só estava admirando ele. Foi quando aconteceu: enquanto todas essas coisas vagavam pela minha cabeça, quando o tempo parecia ter parado para eternizar aquela situação ele olhou pra mim, o olhar dele encontrou o meu. Eu o encarei por alguns segundos, que pareciam ser horas, mas ai quando finalmente me dei conta do que estava fazendo, virei para o lado, ficando totalmente rubra. Tinha me esquecido como ele conseguia exercer um poder sobrenatural em mim. Durante alguns minutos, com o coração acelerado e a respiração ofegante, tentei me acalmar... e sorri.

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