sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010
É a questão do cuspir pra cima.
Só estou a uma semana no CTUR e só consigo pensar em duas coisas: a primeira, é que eu não estava preparada emocionalmente, fisicamente e nem mentalmente para voltar naquele colégio e aguentar todas as bobeiras e toda a pressão que o mesmo pode exercer sobre um ser humano. E a segunda, é que 'quanto mais conheço os homens (humanidade em geral sem discrição de sexo, cor, opção sexual...), mas gosto dos meus cachorros'. É sério o ser humano me dá medo.
Lembro de que quando li " A Menina que Roubava Livros" de Markus Zusak, a morte, naradora da história, fala exatamente do quanto temia os homens. E eu, tenho que concordar com ela.
A cada dia que passa, percebo que pessoas são capazes de coisas absurdas para obterem o que querem. E isso me assusta. Quando penso que aquele é o limite do fulano, ele me mostra que é capaz de muito mais, de coisas que nem meu vasto imaginário pode um dia imaginar.
São tantas coisas escondidas por baixo dos panos, coisas que sei, coisas que vi, coisas que jamais saberei. Eu não sei se a culpa disso é a diversidade de pessoas que estudam lá, acho que fica mesmo uma questão de criação, de base familiar mesmo. Nunca faria muitas coisas que já vi naquele colégio, mas já fiz algumas que falei jamais fazer. É a questão do cuspir para cima, um dia, quando menos esperar o cuspe cai na sua testa. E quando isso acontecer você tem duas opções: a primeira é limpá-lo, seguir sua vida normalmente e fingir que não aconteceu; e a segunda é persistir no erro e fazer um coquetel de cuspe bem no meio dela.
Tenho pena em dizer que (in)felizmente verei muitas pessoas se afogarem em seu próprio cuspe, e seria muito nojento se eu fosse lá ajudá-las a salvarem-se.
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